23 de setembro de 2011

SOL DE PRIMAVERA

Primavera...cor, alegria, calor!

Com certeza na Amarelinha temos o conforto para acompanhar seu filho em todas as estações do ano!!!

E para a primavera:
Roupas leves, coloridas, práticas e lindas, afinal de contas, seu filho merece o melhor!!

Roupinhas escolhidas com muito carinho para seus filhos!!!


Sol de Primavera

Quando entrar setembro
E a boa nova entrar nos campos,
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou.
Juntos outra vez,
Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento,
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar.
Já choramos muito,
Muitos se perderam no caminho,
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção.
Já choramos muito,
Muitos se perderam no caminho,
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção...
Que venha nos trazer
Sol de primavera,
Abre as janelas do meu peito,
A lição sabemos de cor,
Só nos resta aprender.

Beto Guedes
  Com carinho,
Fábia e Balbino.

12 de setembro de 2011

Síndrome de Williams

A Síndrome de Williams-Beuren e seus Cuidados
Dra. Vera Lúcia Gil da Silva Lopes

O Que é a Síndrome de Williams-Beuren?

"Síndrome" é uma palavra que significa um conjunto de sinais clínicos. Assim, Síndrome de Williams-Beuren (SWB) quer dizer o conjunto de sinais que foram descritos em indivíduos atendidos por esses médicos. Os sinais mais comuns são a face característica, a personalidade amigável e uma alteração cardíaca conhecida como estenose valvar supra-aórtica (EVSA). Esta alteração se caracteriza por um estreitamento da porção que regula a saída de sangue do coração pela artéria chamada aorta (valva aórtica), que leva o sangue para a maior parte do corpo.
Existem, ainda, outros achados clínicos, mas é importante lembrar que não é obrigatória a presença de todos os sinais descritos para a confirmação do diagnóstico, que deve ser feito por um médico.

Essa Síndrome é comum?
Estudos realizados em diversos países mostram que a SWB aparece em diferentes regiões, sem diferença entre sexo e cor. O número de nascidos com essa condição, em diferentes estudos varia entre 1:10.000 a 1:25.000. Assim, de cada 10 a 25 mil bebês nascidos, 1 apresentaria a SWB.

Quais os sinais clínicos que mais chamam a atenção?
    * A face de um indivíduo com SWB é bastante característica, com o aumento do volume da região das pálpebras, nariz com ponta arrebitada e lábios grossos;
    * Problemas de coração e vasos, onde se destaca a EVSA e a estenose de artéria pulmonar (estreitamento da artéria que leva o sangue para os pulmões);
    * Dificuldade de alimentação nos primeiros meses de vida;
    * Atraso de desenvolvimento neuromotor/deficiência mental;
    * Atraso de crescimento com baixa estatura na idade adulta.
    * Aumento do nível de cálcio no sangue (mais freqüente no 1º. ano de vida);
    * Íris ("menina dos olhos") com padrão de estrela;
    * Ausência de alguns dentes, dentes pequenos e, às vezes, com mau fechamento das arcadas dentárias;
    * Voz rouca;
    * Personalidade amigável;
    * Aumento da sensibilidade ao som.

Qual é a causa da SWB?
A SWB é causada pela perda de um ou mais genes do braço longo do cromossomo 7. Isso é chamado de "síndrome dos genes contíguos". Nessa região, existem 2 genes importantes para o aparecimento dos achados clínicos que foram listados acima: o gene da elastina (ELN), que parece ser responsável pelos defeitos cardíacos, e o L1Mquinase, associado à noção de visão espacial.
Essa alteração pode acontecer em um filho de um casal normal,e, em alguns casos (raros), o pai ou a mãe pode ter uma forma muito leve, a qual pode não ter sido diagnosticada antes. Por isso, a consulta com o geneticista é fundamental para esclarecer a causa.

Como é feito o diagnóstico?
Em geral, o quadro clínico é suficiente para o diagnóstico. Ele pode ser confirmado por meio de um exame de sangue específico, o cariótipo nos glóbulos brancos do sangue (linfócitos), complementado pela técnica de hibridação in situ (FISH) para os genes da elastina (ELN) e da L1Mquinase, que costuma ser positivo em 90 a 96% dos casos. Como é um exame especializado e de alto custo, pode não estar disponível na maioria dos laboratórios. Considerando essa dificuldade, dependendo do quadro clínico, sua realização pode não ser solicitada.
Quais as principais complicações?
O médico pode utilizar os conhecimentos já existentes para realizar um atendimento bastante adequado para os indivíduos com SWB, ajudando a prevenir e tratar as possíveis complicações. É importante salientar que nem todos vão apresentá-las ou, ainda, que o fato de ter uma delas não implica em ter as outras. As principais são:
    * Alterações cardiovasculares: além da EVSA e da estenose de artéria pulmonar, estão descritas outras alterações que podem levar ao aumento da pressão arterial (hipertensão);
    * Hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue): esse problema ocorre mais freqüentemente no 1º. ano de vida. Suas manifestações incluem irritabilidade, vômitos, constipação e tremores. O aumento do cálcio no sangue pode levar à alteração do metabolismo da vitamina D e acúmulo de cálcio no rim (nefrocalcinose);
    * Infecções de ouvido freqüentes;
    * Alterações de comportamento, ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade;
    * Atraso de desenvolvimento motor e de fala, dificuldade escolar, diminuição de visão espacial, estrabismo;
    * Problemas de postura (cifose, lordose);
    * Alterações nos rins, na bexiga e no intestino (diverticulite, que é a dilatação de uma parte do intestino);
    * Hérnias;
    * Problemas com anestesia.

Cuidados gerais importantes.
    * Não administrar vitaminas sem controle médico, para evitar complicações relacionadas à vitamina D;
    * Realizar avaliações cardiovasculares com especialista, periodicamente, pelo risco de hipertensão;
    * Orientações nas áreas de reabilitação e pedagógica constantes.

No primeiro ano de vida é importante:
    * Acompanhamento pediátrico regular;
    * Utilização de curvas próprias para a SWB na averiguação do crescimento e ganho de peso e acompanhamento nutricional;
    * Avaliação cardiológica;
    * Atenção para a investigação de refluxo gastro-esofágico, dificuldade de sucção e deglutição, vômitos, cólicas e hérnias;
    * Avaliação de audição entre 6 e 12 meses;
    * Medidas de pressão arterial em ambos os braços e pernas;
    * Tratamento precoce de prisão de ventre (constipação);
    * Consulta ao geneticista;
    * Avaliação oftalmológica;
    * Exames: FISH, dosagens de creatinina e cálcio no sangue, urinálise, relação cálcio/creatinina urinários, investigação de hipotiroidismo, ultra-sonografia de vias urinárias
    * Importante: Iniciar programa de estimulação e encaminhar família para grupo de suporte.

Cuidados para todas as idades.
    * Avaliação médica anual;
    * Utilização de curvas específicas para SWB no acompanhamento de peso e estatura,além de acompanhamento nutricional;
    * Avaliação cardiológica;
    * Avaliação de audição e visão;
    * Avaliação de problemas digestivos e urinários;
    * Avaliação ortopédica;
    * Avaliação neurológica;
    * Medidas de pressão arterial em ambos os braços e pernas;
    * Avaliação odontológica;
    * Inclusão em programa de tratamento multidisciplinar e escolarização;
    * Se necessário realizar cirurgia, consulta pré-anestésica;

Exames a serem realizados:
    * Análise da urina anual;
    * Dosagem de cálcio no sangue (se normal, repetir a cada 2 anos);
    * Dosagem da taxa de excreção urinária de creatinina e cálcio a cada 2 anos;
    * Verificação da função tiroidiana cada 4 anos;
    * Dosagem de creatinina no sangue a cada 4 anos;

Sugestões importantes:
    * Manter o contato com grupo de suporte;
    * Introdução e Manutenção de Terapias de reabilitação;
    * Escolarização;
    * Iniciar planejamento vocacional;
    * Realização de exercícios;
    * Discussão sobre sexualidade e reprodução.

Existe risco para outros filhos?
Isso vai depender exatamente da causa diagnosticada em cada um dos indivíduos com SWB. Assim, é melhor que cada família converse sobre isso com seu geneticista.

E o risco para filhos de uma pessoa com SW?
Quando uma pessoa tem uma alteração no cromossomo, ela pode ser transmitida aos seus filhos. No caso da SWB, essa alteração é em apenas 1 dos cromossomos 7. Assim, se ele passar o cromossomo alterado para seu filho, a criança nascerá com a mesma síndrome. Por outro lado, se for o outro cromossomo, isso não ocorrerá. Com isso, podemos dizer que o risco para filhos de um indivíduo com SWB é de 50%.

(Texto extraído do site: http://www.swbrasil.org.br )

O importante é sempre ter em mente: Crianças especiais são presentes de Deus para "mães especiais", com certeza plena do que digo, há dificuldades sim, mas a cada vitória, a cada obstáculo em que nossos pequenos se superam estão nossas alegrias e a sensação de missão sendo cumprida nos alenta!!! 
Beijos da Fábia.